A Caixa do console também trazia mais um controle adicional, ale da pistola Light Phaser, sendo assim quem comprava o Master System tinha uma experiencia completa para jogar, sendo necessário apenas plugar o console na tomada e começar a jogar.
A Sega usou um método diferente, sendo assim ela deixou a cargo da Tonka, a distribuição e todo trabalho de propaganda do Master System nos Estados Unidos. A Tonka era uma empresa fabricante de brinquedos que não tinha qualquer familiaridade com consoles Como podemos imagina, as coisas não foram como esperadas e a parceria não foi frutífera, com poucos lançamentos e licenciamentos, tudo culminou em baixíssimas vendas.
Para piorar todo o cenário, a Nintendo havia implantado seu método de exclusividade de parceria, que consistia em que toda a empresa que trabalhasse com a Nintendo, não poderia exercer qualquer outra atividade com outras empresas do setor, ou seja para trabalhar com a Nintendo e seu consagrado Nintendinho, as empresas tinham de se sujeitar a um regime total de exclusividade.
Com isso, quase todas as empresas abriram mão de produzir qualquer coisa para o 8-bits da Sega com medo de perder a parceria com a toda poderosa Nintendo. Com isso sobrou para a SEGA o trabalho de produzir seus próprios jogos, e nesse momento, também arcar com todo trabalho de distribuição e propaganda, já que devido as trapalhadas da Tonka, o acordo acabou por não perdurar. Algumas empresas ainda tentaram produzir algo para o Master System, foi o caso a Activision, mas alem do problema com a Nintendo, produzir para o Master System não era certeza de lucro, e sendo assim essas empresas acabaram por pular do barco que já estava fazendo água.
Com todo esse turbilhão de problemas para resolver, o alto escalão da SEGA resolveu aplicar algumas mudanças no planejamento, e com isso nascia o Master System II, um console mais enxuto e com algum atrativo amais para o consumidor. O Console vinha sem o leitor de cartões e com o jogo mais reconhecido do console na memória, Alex Kidd in Miracle World.
Essa mudança de planos mostrava uma Sega mais agressiva, procurando de alguma maneira se estabelecer no mercado, já que Alex Kidd estava como para Mario na Nintendo (Lembre-se que o porco espinho ainda não tinha aparecido...). Com toda essa agressividade no hardware e uma forte campanha promocional a SEGA conseguiu fazer com que seu console vendesse exatamente igual vendia antes... isso mesmo, nada mudou e as vendas ainda eram péssimas.
Mas como todas as coisas e estados são mutáveis, eis que em 1991 alguma coisa aconteceu e as coisas começaram a mudar para a gigante japonesa. Em julgamento por sua politica protecionista, a Nintendo foi condenada por seu método de monopólio pelas leis antitrust americanas, e com isso o contrato que a Nintendo implicava a seus desenvolvedores foi invalidado. Com isso todas as empresas estavam aptas a trabalhar com a SEGA sem perder a validade do contrato com a Big N.
O problema é que isso demorou demais a acontecer, e no momento em que aconteceu as chances para o Master System já não existiam mais, a SEGA já vinha trabalhando forte no sucessor do aparelho, um novo console de 16-bits que vinha como um rolo compressor.
Sendo assim a vida do Master System na América chegava ao fim, melancólico e quase sem representatividade, vendendo pouco mais de 2 milhões de consoles e não trazendo nenhum risco ao império da Nintendo.
Mas acontecia um fato curioso com a SEGA em um outro continente. Na Europa as coisas eram bem diferentes para o console 8-bits da SEGA.
"Master of Europe"
A Luta do Master System na Europa começou a ser travada em meados do inicio de 1987, chegando desde o inicio com uma campanha forte e incisiva, o que desde o inicio já mostrava que a empresa, naquele continente tinha tomado decisões mais felizes.
A Nintendo ainda não era oficialmente representada em muitos países da Europa, e com conhecimento disso a SEGA viu nessa lacuna uma chance, e passou a distribuir seu console por quase toda a Europa logo no lançamento. Os únicos concorrentes da SEGA em muitos países Europeus eram os Amiga 500 e o Atari ST, que não eram bem consoles.
Com isso a SEGA teve mais oportunidades de colocar o Master System no cento das atenções, o que com certeza era uma oportunidade unica de fazer as coisas acontecerem. Para se ter uma ideia de quanto a SEGA seu console cresceram naquele continente, ao final de 1993 a SEGA tinha emplacado cerca de 6 milhões de Master System no velho continente, os países aonde o Master System mais vendeu foram França e Reino Unido, aonde fora vendidos cerca de 1,5 milhões de consoles em cada um deles.
Detalhe, a Nintendo só passou a ter mais mercado na Europa já no fim da vida do Nes, quando passou a disponibilizar seus produtos de maneira oficial, mas como aconteceu com a Sega nos Estados Unidos, já não havia muito que se fazer, e na verdade a big N estava preparando terreno para o sucessor do seu 8-Bits.
Com todo o sucesso alcançado na Europa, e com o velho continente praticamente sendo um bolsa de ar embaixo de um oceano, a SEGA acabou por cria uma divisão naquele continente, ainda de olho na falta ou pouca representatividade da Nintendo naquele continente. Com isso e todo o mercado favorável, já que naquele continente a Nintendo não havia aplicado sua politica protecionista, e mesmo com o fim desta, não havia resquícios desse monopólio, todas as empresas podiam criar livremente para o console da SEGA.
Empresas como Acclaim, Domak, Virgin e muitas outras produziram bons jogos para o Master System, e foram de suma importância para a SEGA, pois através dessas empresas a SEGA conseguia lançar esses jogos em outros países fora dos estados Unidos, como por exemplo no Brasil, alias o Brasil foi outro berço de ouro para o Master System, fazendo um grande sucesso e sendo vendido até hoje,
''Master System Brasil''
O Master System desembarcou nas terras tupiniquins em 4 de setembro de 1990, sendo assim nesse ano o console faz 29 anos, e por incrível que possa parecer, o console ainda hoje tem mercado no Brasil e é lembrado com muita alegria por boa parte dos jogadores que em algum momento de sua vida gamer tiveram o console.
O console foi um sucesso absoluto chegando a marca de mais de 2 milhões de consoles vendidos, contando com todas suas versões, e alcançou e com isso o Brasil foi aonde o console mais vendeu no mundo, consagrando a SEGA no Brasil, e isso faria com que sempre, a empresa estivesse presente no nosso pais com seus consoles.
O Master System chegou ao brasil através da Tec Toy, que diferente do que aconteceu em outros países, criou uma campanha de marketing matadora fazendo com o já quase esquecido Atari 2600 e o aclamado Nes ficassem em segundos planos para que queria comprar um console.
Com o console se tornando um grade sucesso no mercado nacional, a Tec Toy começou a criar conteúdo próprio para o console, e isso novamente se mostrou uma jogada certeira, e novamente fez com que o console vende-se muito bem, e além disso alavancou o mercado de criação de games no Brasil.
Usando como base alguns games de sucesso do Master System como Wonder Boy e Teddy Land, a Tectoy firmou parceria com o cartunista Mauricio de Souza e criou clássicos como Monica no Castelo do Dragão e Geraldinho. Esses jogos até nos dias já no lançamento foram bem avaliados pela mídia especializada na época, e fez com que o Master System tomasse de assalto os lares brasileiros.
Não podemos deixar de lembrar o grande trabalho que a Tec Toy fez junto ao game Phantasy Star, que foi totalmente adaptado para o mercado nacional. Mesmo sendo um gênero que não era o principal no consumo dos gamers Brasileiros, o gane foi muito bem aceito, e para muitos especialistas foi o game que tornou o gênero RPG conhecido entre os gamers, fazendo os consumidores se interessarem mais por games de RPG.
Em 1989 o Master System começou a ser lentamente descontinuado para deixar o palco para um tal de Mega Drive. Em 1989 o primeiro mercado em que o console deixaria de ser fabricado era o Japonês, seguido por EUA e EU em 1991 e mais tarde em 1996, respectivamente. No Brasil antes de ser descontinuado, o console teve muitas versões lançadas, e algumas em especial ainda são muito procuradas por colecionadores e por apaixonados pela plataforma, uma dessas versões é o Master System Super Compact, que tinha como atrativo a possibilidade de ser jogado em uma TV sem a nessecidade de cabos.
No mercado Brasileiro o console seguiu firme durante os anos, e a Tec Toy fez de tudo para dar sobre folego ao console, e nessa luta o Master System sobreviveu até 2003, quando foi descontinuado a versão com slot de cartuchos, uma marca histórica para o pequeno notável da SEGA.
Ainda hoje o console é fabricado, mas resta pouca coisa do modelo original, já que em sua maioria, não ha suporte para os acessórios que foram lançados ao longo do tempo, além de o console ter um hardware menos robusto, tendo em mente uma produção mais econômica e voltada para um publico iniciante e com poucas exigências.
''Acessórios Versões e Curiosidades''
Como um console lançado mundialmente, o Master System teve muitas versões lançadas, algumas com nomes que a gente nunca imaginaria ser o console, caso tivéssemos só o nome como referencia. nesse caso temos o Gam Boy e Alladin Boy. Nomes que o console ganhou na Coreia do Sul, aonde por questões legais, a Sega subsidiou a montagem e lançamento do console a Samsung.
O Console teve, assim como no Brasil, inúmeras versões lançadas em outros países, e isso aconteceu muito no final da vida do console, quando em prol de um custo de produção mais barato, as empresas começavam a retirar peculiaridades do console, culminando finalmente com a retirada de seu slot de cartucho, barateando e muito sua produção.
Abaixo vamos conhecer algumas versões do console ao redor do mundo, tenho certeza que muitas das versões que você vão var agora, vocês imaginam que existiam.
Como vocês viram acima, o console enquanto vivo teve uma vasta gama de versões, e todas elas como bons recursos para a época, isso infelizmente acabou quando as empresas começaram a lançar os modelos sem slot de cartucho, quando os consoles 8Bits já não tinham como concorrer com os aparelhos mais modernos.
O Master System também foi um console com muitos acessórios, alguns dele eram revolucionários para a época, com ideias que ainda hoje aplicamos de alguma maneira a forma atual de se jogar. Um exemplo claro disso era seu cartão de memória, recurso esse que tornava o game bem mais atrativo financeiramente, além claro da sua pistola...
Vamos abaixo destrinchar alguns desses periféricos.
Controle Sport
Cartão de Memória
Controle Arcade
Light Phaser
Controle Asa
Módulo para Melhora de Som
''Jogos''
O Master System tem um catalogo imenso de bons jogos, e eu como apreciador e jogador da plataforma posso e vou recomendar alguns jogos que foram o ápice do console, e algumas pérolas esquecidas do console. Pra você que não conhece muito bem o console, começar com esses jogos pode fazer toda a diferença ente você se apaixonar pelo console e deixar ele no esquecimento.
Phantasy Star
Phantasy Star sempre foi o carro chefe em termo de RPG da SEGA, e nesse caso se tornou um jogo ainda mais importante para nós brasileiros, pois por ter sido totalmente localizado para o português, o game praticamente introduziu o gênero RPG em nosso pais.
Além desse detalhe, o game também tinha uma imensa qualidade, algo que poucos games conseguiriam atingir ao longo de toda a geração 8 bits, se tornando um clássico absoluto no Master System, e posteriormente nos outros consoles da SEGA.
Golden Axe
Outro grande game da SEGA que deu as caras no Master System, e também ficou conhecido como um dos grandes games do console. O jogo sofreu algumas mudanças para que pudesse se encaixar no sistema 8 bits, mas nem de longe essas mudanças afetaram de modo negativo o game.
O jogo é bem divertido e consegue capturar toda a energia que foi criada para os arcades e para o Mega drive, é um clássico da SEGA que deve ser jogado também no Master System.
Double Dragon
Double Dragon foi o grande expoente dos jogos chamados de Beat n' Up, mesmo sendo amado por uns e odiado por outros, o game é uma referencia no console 8 bits da SEGA. O game também foi lançado para o NES, mas a versão para Master System tinha um grande diferencial em comparação ao concorrente, podia se jogado por duas pessoas simultaneamente!
O game é a versão mais próxima do árcade que você^poderia jogar na época, e tinha grandes evoluções diante da versão do rival, que iam desde maior paleta de cores, até o numero de inimigos na tela, sempre tendo superioridades na verão de Master System.
Forgotten Worlds
Eis aqui um grande clássico dos árcades dos anos 80 que teve uma conversão muito boa para Master System. O game foi lançado em 1988 para os árcades pela Capcom, em 1991 foi feita uma ótima conversão pela SEGA e tornou o game inesquecível para que colocou as mãos nele.
O game tem muitas opções de armas e itens que ajudam você a vencer todas as fases, essas armas e itens podem ser compradas através de uma loja durante toda a sua jornada. O jogo tem uma ótima jogabilidade e flui muito bem, mesmo com todas as limitações do console. Esta fielmente próximo árcade.
Castle of Iluusion
Um game que não precisa de apresentação, mesmo que você nunca tenha tido um Master System, é difícil de não conhecer esse que junto a versão de Mega Drive, é um dos melhores jogos em suas respectivas plataformas.
O game tem gráficos que levam o master System a um nível de qualidade inesperado, a animação do conhecido ratinho é ótima e mostra todo o poder do 8 bits da SEGA. Obrigatório para que gosta de jogos com qualidade independentemente de gráficos e fabricantes.
''Considerações Finais''
Bom, e é isso ai pessoal, essa foi uma curta e breve parte da historia desse fantástico console que fez parte da minha vida e da de muitos gamers até hoje, espero que vocês tenham gostado e que esse texto corrobore as lembranças de que teve o console, e que incite novos aventureiros desse belo e único console.
Até a próxima.